Capsulite é uma inflamação na cápsula articular do ombro, de origem desconhecida. É também chamada de “ombro congelado”, pois causa dor e rigidez na articulação.
A cápsula articular é uma estrutura colágena e flexível que reveste as articulações móveis, como dedos, joelho e ombros. Ela colabora para a estabilidade das articulações e impede que os segmentos ósseos se desloquem. Quando inflama, perde elasticidade, fica mais espessa, vermelha e inchada.
Causas e fatores de risco
As causas da capsulite não são precisas e, em alguns casos, são desconhecidas. É notado que algumas situações, como traumatismos, alterações na tireoide, diabetes e cirurgias no ombro podem funcionar como gatilho para a condição. Em alguns casos pode haver relação com o excesso de glicose acumulado nos ombros. Normalmente, os sintomas surgem sem causa aparente.
Principais sintomas
A condição possui três fases, que apresentam sintomas variados. A primeira é quando surge a inflamação, causando dor e limitação progressiva da mobilidade do ombro. A dor pode surgir durante a realização de qualquer movimento na região e durar meses.
Na segunda etapa, há a fibrose da cápsula. Os movimentos ficam ainda mais limitados e pode haver redução da dor. É a fase chamada de “congelamento” do ombro, pois o paciente simplesmente não consegue movê-lo naturalmente. Ações como erguer o braço, pentear os cabelos e fechar um zíper podem se tornar tarefas difíceis de serem realizadas.
Em seguida, ocorre o “descongelamento” da articulação, que é a última fase: os movimentos voltam lenta e progressivamente e a dor desaparece de maneira natural. Todo o processo entre as três fases pode durar até dois anos.
Como diagnosticar
O diagnóstico é feito via avaliação médica e análise do histórico clínico do paciente. Exames físicos ajudam a determinar as limitações do ombro, e exames de imagem colaboram para excluir outros possíveis diagnósticos.
Tratamentos
As recomendações terapêuticas variam conforme a fase da doença. Em estágios iniciais, normalmente o foco é o controle da dor e da inflamação. Nas fases mais avançadas, é preciso recuperar a mobilidade do ombro.
Em geral, o tratamento é conservador e prolongado, e envolve sessões de fisioterapia para alongar a região, recuperar o movimento e aliviar possíveis dores. Como é uma condição que perdura por meses ou anos, exercícios fisioterápicos são fundamentais para manter a função das articulações e a força muscular.
Uma cirurgia para liberar a cápsula articular pode ser recomendada, em alguns casos, de acordo com o avanço e as características da doença, e se o método conservador não for satisfatório.
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